NOTA AO MERCADO


NOTA AO MERCADO

Ao Mercado Gráfico,
 
Em resposta ao mercado acerca da publicação da ABIGRAF Associação Brasileira da Industria Gráfica, sobre uma possível fusão da ANDIGRAF com a ABIGRAF, temos a expor em verdade dos fatos que:
 
A saída da ABIGRAF há alguns anos de vários estados em bloco, foi pelo fato de que as decisões administrativas e financeiras, ficavam restritas a um pequeno grupo, pelo fato de haver diferenças de peso de voto no decisório da entidade, de até 12 votos para 01 em favor dos Principais Estados do Sudeste, fazendo com que somente estes estados fossem auto-suficientes para determinar a forma da confecção do orçamento e de sua gestão, norma ainda hoje vigente em seu atual estatuto. As prioridades de ação, nos demais estados da federação sempre foram prejudicados alegando hora falta de recursos, hora demanda, deixando o restante do país sem cobertura.
 
As pautas de prioridades na maioria, até a nossa saída eram voltadas a média e a grande gráfica, com poucas atividades voltadas ao micro e pequeno empresário da Industria Gráfica, cerca de 96% do mercado e não havia o reconhecimento das demais empresas ligadas à impressão, como associadas afastando o potencial de crescimento que as novas tecnologias impunham ao mercado.
 
Com a nossa saída, e após dois anos fora da ABIGRAF, fundamos a ANDIGRAF, entidade com estatuto moderno, verdadeiramente democrático, e com a vocação de expandir e atender essa lacuna que por anos ficou aberta. O mercado tem percebido isso, e por isso nosso rápido crescimento, com mais de 3,5 mil associados em todo o Brasil. Isso fez com que a ABIGRAF saísse de seu ponto de conforto e iniciou alguns trabalhos que pedíamos quando ainda pertencíamos ao quadro, mas quanto à verdadeira democracia, permaneceu estagnada.
 
No ano passado, fomos procurados pela Abigraf para discutir a possibilidade de unificação das entidades. No entanto, é lamentável constatar que, de acordo com os estatutos atuais, alguns estados possuem peso desproporcional no processo de tomada de decisões, enquanto outros são sub-representados. Essa disparidade não condiz com os princípios democráticos que deveriam guiar nossa associação.
 
Além disso, a falta de comunicação e a demora em buscar soluções para essas questões têm contribuído para um clima de desconfiança e insatisfação entre os membros. É essencial que trabalhemos juntos para modernizar os estatutos e promover uma estrutura mais democrática e inclusiva.
 
Ao mesmo tempo, é fundamental destacar os valores positivos que nossa comunidade gráfica representa. Temos orgulho em defender a pluralidade, a democracia e a igualdade entre todos os estados da federação. Nosso compromisso em servir os interesses de nossos associados é inabalável e fundamentado em princípios éticos e morais.
 
Por fim, gostaria de reiterar nossa disposição em dialogar e buscar soluções construtivas para os desafios que enfrentamos. É fundamental que mantenhamos um diálogo aberto e respeitoso, pautado no interesse coletivo e no fortalecimento de nossa indústria gráfica.
 
Infelizmente, no momento, continuaremos trabalhando separadamente em prol de nosso setor. Esperamos que, em um futuro próximo, possamos vislumbrar a possibilidade de uma entidade única para todo o Brasil.
 
Agradeço a atenção de todos e espero que, juntos, possamos construir um futuro mais justo e próspero para nosso mercado.
 
Atenciosamente,
 
Raul Eduardo Fontenelle Filho
Presidente da ANDIGRAF

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