Ações promocionais impulsionam a venda de livros em julho
7º Painel do Varejo de Livros no Brasil registra segundo melhor desempenho em volume em 2022.
O setor livreiro registrou a comercialização de 4,84 milhões de livros e faturamento de R$ 191,35 milhões em julho deste ano, como mostra o 7º Painel do Varejo de Livros no Brasil de 2022, do Nielsen Bookscan e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).
Embora tenha sido o segundo melhor mês em volume de vendas em 2022, houve leve recuo em relação ao mesmo período de 2021, quando o resultado tinha sido de 4,87 milhões de livros vendidos e R$ 191,94 milhões. O período é marcado por grandes ações promocionais de varejistas.
“O setor segue sob pressão da alta de custos, mas está sacrificando suas margens ao não repassar esses aumentos ao consumidor em vista do quadro inflacionário, que impacta o poder de compra”, analisa o presidente do SNEL, Dante Cid.
O efeito de desaceleração evidenciado no painel anterior, referente ao mês de junho, se torna menor no acumulado, que continua apresentando superioridade em volume e em valor.
Do início do ano até meados de julho, o setor registrou a movimentação de 30,98 milhões de livros contra 29,39 milhões no mesmo período em 2021, em alta de 5,41%. Para o faturamento, a variação é positiva também, de 9,21%. Em números reais, o acumulado de 2022 aponta valor de R$ 1,35 bilhão; em 2021, a marca foi de R$ 1,23 bilhão.
“A inflação do último ano está em 11,88%, mas o preço médio do livro não acompanha no mesmo patamar. Na verdade, os 3,6% de aumento do livro não representam 1/3 da inflação do mercado, colocando mais pressão sobre o faturamento. Ao analisar isoladamente os 500 títulos mais vendidos, percebemos que, entre esses, o preço médio teve variação mais próxima da realidade, com 10,19%” afirma Ismael Borges, gerente regional do Bookscan.