As razões pelas quais a Geração Z prefere a impressão
A Geração Z – nascida entre 1995 e 2000 – passa mais tempo lendo materiais impressos do que seus predecessores. A afirmação é da colunista Chaymae Samir, em artigo publicado pela agência de notícias Reuters, e que a Revista Impresiones comenta fazendo uma revisão dessa Geração Z e sua atitude em relação à mídia impressa.
A “Geração Z” dispensa apresentações. Seus membros cresceram com mídia social e tecnologia e nunca viram o mundo sem isso. Eles também se tornaram a maior geração de consumidores de 2020 e parecem imunes a qualquer tentativa de publicidade dirigida a eles. Então, como isso se traduz para o mundo editorial?
Embora vivamos em um mundo onde o digital tem precedência, ainda há uma forte sensação de que a impressão é valiosa, especialmente para a Geração Z. Nos últimos anos, novos títulos foram criados de forma barata por jovens editoras, o que parece despertar a paixão pela mídia impressa em suas audiências. As marcas de consumo também estão prestando atenção e competindo para aproveitar as oportunidades de marketing associadas à tinta e ao papel.
A credibilidade está associada à impressão
“A boa notícia para as revistas impressas é que sua credibilidade tem um ‘efeito halo’ nos sites das revistas, dando-lhes uma vantagem competitiva sobre seus concorrentes exclusivamente digitais. As pessoas podem estar comprando menos revistas, mas ainda as associam com qualidade e confiabilidade”, observa o blog Dead Tree Edition.
Em um mundo onde quase qualquer um pode ser um “editor” e publicar notícias falsas, o público está começando a questionar a validade de suas fontes, e a Geração Z parece confiar em publicações impressas em relação a outras mídias para obter informações confiáveis. Isso é o que a MNI Targeted Media Inc. descobriu quando encomendou um estudo para entender melhor essa geração, pesquisando estudantes das melhores universidades sobre seu consumo de mídia. Cerca de 83% recorrem aos jornais para obter informações e conteúdos confiáveis e 34% procuram revistas.
Os jovens consumidores estão bem cientes de que a publicação de revistas não segue as mesmas regras das mídias sociais e blogs, onde a velocidade é mais importante que a verificação de fatos, a edição e o refinamento. Processos que são necessários antes de se imprimir algo.
A busca pela desconexão
Como a Geração Z cresceu com a tecnologia, eles parecem valorizar a mídia impressa como uma forma de se desconectar do ruído digital com o qual vivem. Na verdade, e de acordo com o estudo do MNI, 61% da Geração Z acredita que seus pares se beneficiariam mais se se desconectassem.
“O espaço digital é uma paisagem agitada, barulhenta e confusa com blogueiros, influenciadores, jornalistas, editores, escritores, profissionais de marketing, todos gritando no vazio, suas vozes emergem ou não, dependendo do SEO ou algoritmos.” Ao contrário, acrescenta ele, “a intimidade é incomparável” quando os leitores seguram um impresso em suas mãos Isso cria “uma conexão visceral e poderosa”. “Neste mundo cada vez mais digitalizado, você não pode subestimar o número de pessoas que querem apenas sentir algo real”, diz Terri White, editora-chefe da revista de filmes Empire, do Bauer Media Group.
De acordo com a matéria, tudo isso fortalece o posicionamento da mídia impressa, principalmente para os anunciantes que buscam atingir a geração mais jovem em busca de sua atenção e interesse.
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