Postado em: abril 6, 2020
CORONAVÍRUS: BARROSO ELOGIA MANDETTA E AFIRMA QUE ELEIÇÃO DEVE SER DEFINIDA ATÉ JUNHO
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deve decidir até junho se adia ou não as eleições municipais deste ano. A afirmação foi do futuro presidente do órgão, o ministro Luiz Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal). Ele assumirá o cargo em maio.
Em entrevista hoje pela manhã ao UOL, ele disse que, se houver adiamento do pleito devido à pandemia do novo coronavírus, pretende remarcar a votação para dezembro, no máximo.
"A verdade é que nós estamos monitorando a evolução da doença. Não gostaria de adiar as eleições, acho que ainda não é preciso decidir isso neste momento, mas acho que não podemos fechar os olhos a este risco. Imaginaria junho como sendo o momento em que nós temos que ter uma definição. O que eu sou radicalmente contra é o cancelamento das eleições e fazer todas coincidirem em 2022", disse Barroso. Para o ministro, o ideal seria adiar "por um prazo máximo de dois meses" as eleições deste ano. "Neste momento, com a esperança de não ser necessário adiar, é fazer até o início de dezembro", disse Barroso. Para ele, essa medida evitaria que mandatos sejam estendidos além do tempo concedido pelo voto popular.
Para Barroso, unir as eleições municipais e nacionais em 2022 criaria trabalho enorme para a Justiça Eleitoral julgar, ao mesmo tempo, milhares de registros de candidatos a vereador, prefeito, deputado, senador e presidente.
Ministro da Saúde se baseia "na melhor ciência", avalia.
O futuro presidente do TSE disse ainda que o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), faz um bom trabalho. "Uma pandemia como essa coloca luz sobre a necessidade de competência. Quando você coloca gente competente, séria e honesta no lugar certo, tudo vai bem."
Para ele, Mandetta se baseia na "melhor ciência". "Agora, coloca um ministro da Saúde que tem dedicação e base na melhor ciência…
Acho que o Brasil está reagindo razoavelmente bem dentro da pandemia. Por tanto, não deixa de ser alentador ter no país tanta gente boa." Coronavírus valoriza razão e minimiza "superstições" Para o ministro do Supremo, a pandemia.
Por tanto, não deixa de ser alentador ter no país tanta gente boa."]
"Agora, coloca um ministro da Saúde que tem dedicação e base na melhor ciência… Acho que o Brasil está reagindo razoavelmente bem dentro da pandemia. Por tanto, não deixa de ser alentador ter no país tanta gente boa."
Coronavírus valoriza razão e minimiza "superstições"
Para o ministro do Supremo, a pandemia do coronavírus vai acabar por trazer vantagens no amadurecimento da sociedade brasileira. Uma delas, nas palavras de Barroso, seria valorizar a ciência, a razão, os dados comprováveis, e não as teorias de conspiração e "superstições" que rondam as redes sociais e grupos de aplicativos de mensagens em telefones celulares.
Uma das coisas positivas é um resgate dos valores iluministas: razão, ciência, humanismo e progresso para todos" Luís Roberto Barroso, ministro do STF.
Luís Roberto Barroso, ministro do STF